quarta-feira, 30 de abril de 2008

A hora certa... Vamos?
















"Vamos
Para a montanha russa
Vamos
ao carrossel
Vamos
Subir o Pão de Açucar
Vamos juntos
Lamber o céu
Vamos
Dançar até cair, ir
Juntos vamos
Morrer de rir
Esta noite é só pra nós
Hoje não terá depois
Hoje não terá porquês
Esta noite é pra vocês
Virem comigo
Até ao fim
Para o fim do mundo
Vamos
Perder a hora certa
Vamos
Pisar no chão
Vamos
Deixar a porta aberta
Juntos vamos
Para Plutão
Hoje não terá amanhã
Hoje o mundo é nosso Clã
Hoje não terá talvez
Esta noite é pra vocês
Virem junto
Até ao fim do fim de tudo
Vamos, hoje vamos, juntos viver este mundo
Não podemos perder
Este sentimento, vindo do fim do fim do mundo
O peito a doer, bate profundo...
Juntos vamos
Esta noite, ser tu e eu, eu e tu
P'ra sempre até ao fim... p'ra sempre assim..." Vamos esta noite - Clã

terça-feira, 29 de abril de 2008

Fado, dança e saudade

Dança Comigo - Brites dos Santos



Hoje é o dia mundial da dança... Lembrei-me de tempos em que todos os dias tirava um tempo e dançava, em casa, sozinha, luzes apagadas e deixava fluir... E de repente abriu-se uma caixinha... Nostalgia... Boas lembranças de bons tempos, boas amizades, boas gargalhadas, boas lágrimas, bons abraços! Saudades das noites de fado na tasca do Juvenal... e no Ginásio...


Obrigada Juvenal, obrigada Lena, obrigada ti Orlando, obrigada Rui, obrigada a todos os que por lá passaram e pararam e ficaram e seguiram e sabem do que estou a falar...









Um brinde a todos os que sabem do que falo, aos que partilharam esses momentos inesquecíveis de aprendizagem entre petiscos e vinho tinto, entre a noite e a madrugada...

"Dos amores do Redentor
Não reza a História Sagrada
Mas diz uma lenda encantada
Que o bom Jesus sofreu de amor
Sofreu consigo e calou
Sua paixão divinal
Assim como qualquer mortal
Que um dia de amor palpitou
Samaritana plebeia de Cicár
Alguém espreitando te viu Jesus beijar
De tarde, quando foste encontrá-Lo só
Morto de sede junto à fonte de Jacob
E tu serena acolheste
O beijo que te encantou
Serena empalideceste
E Jesus Cristo corou
Corou por ver quanta luz
Irradiava da tua fronte
Quando disseste - Oh Meu Jesus
Que bem eu fiz Senhor em vir á fonte!" Samaritana



"Ó rua do Capelão
Juncada de rosmaninho
Se o meu amor vier cedinho
Eu beijo as pedras do chão
Que ele pisar no caminho
Há um degrau no meu leito,
Que é feito pra ti somente
Amor, mas sobe com jeito
Se o meu coração te sente
Fica-me aos saltos no peito
Tenho o destino marcado
Desde a hora em que te vi
Ó meu cigano adorado
Viver abraçada ao fado
Morrer abraçada a ti." Rua do Capelão



"Ai quem me dera
Ter outra vez vinte anos
Ai como eu era
Como te amei, santo Deus!
Meus olhos
Pareciam dois franciscanos
À espera
Do sol que vinha dos teus
Beijos que eu dava
Ai como quem morde rosas
Quanto te esperava
Na vida que então vivi
Podiam acabar os horizontes
Podiam secar as fontes
Mas não vivia sem ti
Ai como é triste
De o dizer não me envergonho
Saber que existe
Um ser tão mau, tão ruim,
Tu que eras
Um ombro para o meu sonho
Traíste o melhor que havia em mim
Ai como o tempo
Pôs neve nos teus cabelos
Ai como tempo
As nossas vidas desfez
Quem me dera
Ter outra vez desenganos
Ter outra vez vinte anos
Para te amar outra vez!" Primeiro Amor



"Se uma gaivota viesse
Trazer-me o céu de lisboa
No desenho que fizesse,
Nesse céu onde o olhar
É uma asa que não voa,
Esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se um português marinheiro,
Dos sete mares andarilho,
Fosse quem sabe o primeiro
A contar-me o que inventasse,
Se um olhar de novo brilho
No meu olhar se enlaçasse.
Que perfeito coração
No meu peito bateria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde cabia
Perfeito o meu coração.
Se ao dizer adeus à vida
As aves todas do céu,
Me dessem na despedida
O teu olhar derradeiro,
Esse olhar que era só teu,
Amor que foste o primeiro.
Que perfeito coração
No meu peito morreria,
Meu amor na tua mão,
Nessa mão onde perfeito
Bateu o meu coração." Gaivota



"Estava tão bonita
A mulher que outrora
Eu mandei embora
No acaso do encontro
Nos cumprimentamos
E até nos beijamos
Como vai você
Eu vou bem, obrigado
E você por onde anda
Como tem passado
Um ou dos minutos de saudade e amor
Adeus, até mais ver, logo ou depois
Por que é que mulher que gente deixa
Fica sempre mais bonita e valendo uma paixão
Por que é que a gente morre despeito
Ao ver que não tem jeito, sequer de aproximação
Confesso que ela estava tão bonita
Tão bonita para outro, o que afinal doeu em mim
Se eu fosse Deus, mulher deixada eu feiava
E não mais impressionava
Pra não ter um fado assim" Mulher Deixada

"No castelo ponho o cotovelo
Em Alfama descanso o olhar
E assim desfaço o novelo
De azul e mar
À Ribeira encosto a cabeça
A almofada da cama do Tejo
Com lençóis bordados à pressa
Na cambraia de um beijo
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade amor da minha vida
No Terreiro eu passo por ti
Mas na Graça eu vejo-te nua
Quando um pombo te olha sorri
És mulher da rua
E no bairro mais alto do sonho
Ponho o fado que soube inventar
A aguardente de vida e medronho
Que me faz cantar
Lisboa menina e moça, menina
Da luz que os meus olhos vêem, tão pura
Teus seios são as colinas, varina
Pregão que me traz à porta ternura
Cidade a ponto luz bordada
Toalha à beira mar estendida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade mulher da minha vida
Lisboa do amor deitada
Cidade por minhas mãos despida
Lisboa menina e moça e amada
Cidade mulher da minha vida" Lisboa Menina e Moça

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Amor e tijolos de vidro

"Sei que sabes que sim... que juntos fazemos magia e podíamos mudar o mundo... sei que quando na ausência física nos encontramos, quando os limites da razão e da mente deixam de existir, quando deixamos de poder controlar, a emoção é intradutível para palavras e a luz que criamos é demasiado grandiosa para ser transposta para esta dimensão. É essa a minha certeza de que a nossa força só será plena e completa no momento em que nos unirmos em todos os aspectos. Dói quando dizes que parece mal que te diga o que sinto e fazes por não entender que o que digo transcende a matéria e os conceitos. Dói porque tentas ignorar a voz de um coração uno, nosso. Dói porque falas como se estivesses a falar com um estranho e não com uma parte do teu mais profundo ser. Dói porque te fechas e é parte de mim que se fecha também. Dói porque fazes essa escolha e anulas algo maior. Dói, cá dentro, dói e sei que te dói a ti também. Dói porque custa a aceitar esta crueldade imposta como se fosse castigo merecido, como se nos tivéssemos de privar da felicidade. Dói porque a única certeza que sinto como verdade absoluta é a de que a nossa evolução depende dessa descoberta. Talvez ainda não seja o tempo, ou talvez nunca seja, se continuarmos a deixar que o medo e a preguiça de pegarmos na espada de mãos dadas faça definhar esse sentimento poderoso. Muitas vezes me pergunto se temos esse direito...
Hoje sonhei contigo... mais uma vez aqueles sonhos... à nossa volta haviam tijolos de vidro e tentávamos fechar as cortinas para que não nos vissem, mas não conseguíamos... até quando tentaremos? Quantas experiências mais serão precisas para darmos o salto?
Aprendi nas minhas vivências mais recentes que fazer amor não implica um contacto físico. É assim contigo. Que o amor tem muitas formas e pode, por isso, ser vivido unilateralmente. Que receber também pode ser um acto de amor. Que permitir que o carinho e o amor de alguém nos toque e nos ilumine e nos alimente pode bem justificar a permanência ao lado de alguém mas é o sentimento de estar a trair um desígnio maior (e o meu e o teu espírito co-criadores) que me consome e me enche por vezes de tristeza e angústia. O amor vale e vive só por si e não é uma troca. É sobretudo investimento..." por Haaiah Seuqirneh, em "Tu e eu"

"Você surgiu como suave melodia trazida pela brisa; dilatou-se no silêncio de minha alma e fez-se moldura em meu viver.
Isso se chama ventura...
Há algo em você que transparece num olhar, como estrela no céu atapetado de astros e exterioriza-se num sorriso como canção tocada na harpa dos ventos.
Isso se chama ternura...
Sem olhar, você me percebe, sem falar você me diz, sem me tocar você me abraça...
Isso se chama sensibilidade...
Quando me perco em labirintos escuros você me mostra o caminho de volta..
Quando exponho meus tantos defeitos, você faz de conta que não nota...
Se enlouqueço, você me devolve a razão...
Isso se chama compaixão...
Nos dias em que as horas passam lentas, sem graça e sem luz, nos seus braços eu encontro alento.
Quando os dias alegres de verão partem e em seu lugar chega o outono, cobrindo o chão com folhas secas, e o verde exuberante cede lugar ao cinza, nos seus braços encontro harmonia.
Isso se chama aconchego...
Quando você está longe, no espelho da saudade eu vejo refletida a certeza do reencontro.
Nas noites sem estrelas, quando a escuridão envolve tudo em seu manto negro, você me aponta a carruagem da madrugada, que vem despertar o dia com suas carícias de luz..
Isso se chama esperança.
Quando as marés dos problemas parecem tragar em suas ondas as minhas forças, em seus braços encontro reconforto.
Se as amarguras pairam sobre meus dias, trazendo desgosto e dor, sua presença me traz tranquilidade.
Você é um raio de sol, nos dias escuros...
É ave graciosa que enfeita a amplidão azul...
Você é alma e é coração.
É poema e é canção...
É ternura e dedicação...
Nada impõe, tudo compreende, tudo perdoa...
Sua companhia é doce melodia, é convite a viver...
... E, tudo isso se chama amor!
Surge depois que as nuvens ilusórias da paixão se desvanecem.
Que a alma se mostra nua, sem enfeites, sem fantasias, sem máscaras...
O amor é esse sentimento que brota todos os dias, como uma flor que explode de um botão ao mais sutil beijo do sol...
Isso, sim, se chama amor..." http://www.momento.com.br/

"1. O amor é um sentimento que faz parte da "felicidade democrática", aquela que é acessível a todos nós. É democrática a felicidade que deriva de nos sentirmos pessoas boas, corajosas, ousadas, etc. A "felicidade aristocrática" deriva de sensações de prazer possíveis apenas para poucos: riqueza material, fama, beleza extraordinária. Felicidade aristocrática tem a ver com a vaidade e é geradora inevitável de violência em virtude da inveja que a grande maioria sentirá da ínfima minoria.

2. É difícil definir felicidade: podemos, de modo simplificado, dizer que uma pessoa é feliz quando é capaz de usufruir sem grande culpa os momentos de prazer e de aceitar com serenidade as inevitáveis fases de sofrimento. É impossível nos sentirmos felizes o tempo todo, mas os períodos de felicidade correspondem à sensação de que nada nos falta, de que o tempo poderia parar naquele ponto do filme da vida.

3. Apesar de ser acessível a todos, o fato é que são muito raras as pessoas que são bem sucedidas no amor. Ou seja, deve existir um bom número de requisitos a serem preenchidos para que um bom encontro aconteça. Não tem sentido pensar que a felicidade sentimental se dê por acaso; não é bom subestimar as dificuldades que podemos encontrar para chegar ao que pretendemos; as simplificações fazem parte das estratégias de enganar pessoas crédulas.

4. O primeiro passo para a felicidade sentimental consiste em aprendermos a ficar razoavelmente bem sozinhos. Trata-se de um aprendizado e requer treinamento, já que nossa cultura não nos estimula a isso. Temos que nos esforçar muito, já que os primeiros dias de solidão podem ser muito sofridos. Com o passar do tempo aprendemos a nos entreter com nossos pensamentos, com leituras, música, filmes, internet, etc. Aprendemos a nos aproximar de pessoas novas e até mesmo a comer sozinhos. Pessoas capazes de ficar bem consigo mesmas são menos ansiosas e podem esperar com mais sabedoria a chegada de amigos e parceiros sentimentais adequados.

5. Temos que aprender a definir com precisão nossos sentimentos. Nós pensamos por meio das palavras e se as usarmos com mais de um sentido poderemos nos enganar com grande facilidade. Cito, a seguir, alguns dos conceitos que tenho usado e o sentido que a eles atribuo. Amor é o sentimento que temos por alguém cuja presença nos provoca a sensação de paz e aconchego. O aconchego representa a neutralização do vazio, da sensação de desamparo que vivenciamos desde o momento do nascimento. O aconchego é um "prazer negativo", ou seja, a neutralização de uma dor que existia - nos leva de uma condição negativa para a de neutralidade. Amizade é o sentimento que temos por alguém cuja presença nos provoca algum aconchego e cuja conversa e modo de ser nos encanta. Segundo essa definição, a amizade é sentimento mais rico do que o amor, já que a pessoa que nos provoca o aconchego - apesar de que menos intenso e, por isso mesmo, gerador de menor dependência - é muito especial e desperta nossa admiração pelo modo como se comporta moral e intelectualmente. Sexo é uma agradável sensação de excitação derivada da estimulação das zonas erógenas, de estímulos visuais e mesmo de devaneios envolvendo jogo de sedução e trocas de carícias tácteis. É evidente que a sexualidade envolve questões muito complexas, que não cabe aqui discutir. Quero apenas enfatizar que sexo e amor correspondem a fenômenos completamente diferentes, sendo que o amor está relacionado com o "prazer negativo" do aconchego e o sexo é "prazer positivo", já que nos excitamos e nos sentimos bem mesmo quando não estávamos mal; o amor nos leva do negativo para o zero, ao passo que o sexo nos leva do zero para o positivo. Amor, sexo e amizade podem existir separadamente e também podem coexistir. A mesma pessoa pode nos provocar aconchego e desejo sexual mesmo sem nos encantar intelectualmente; nesse caso, falamos de amor e de sexo. Podemos estabelecer um elo de amizade e sexo sem o envolvimento maior do amor. Podemos vivenciar o sexo em estado puro, assim como o amor - como é o caso do amor que podemos sentir por nossa mãe, que independe de suas peculiaridades intelectuais e não tem nada a ver com o sexo.

6. A escolha amorosa adequada se faz quando o outro nos desperta o amor, a amizade e o interesse sexual. A essa condição tenho chamado de +amor, mais do que amor. Amigos são escolhidos de modo sofisticado e de acordo com afinidades de caráter, temperamento, interesses e projetos de vida (falo dos poucos amigos íntimos e não dos inúmeros conhecidos que temos). A escolha amorosa deverá seguir os mesmos critérios, sendo que a escolha depende também de um ingrediente desconhecido e indecifrável - porque escolhemos esse e não aquele parceiro? Não é raro que no início do processo de intimidade a sexualidade não se manifeste em toda sua intensidade. Isso não deve ser motivo de preocupação, já que faz parte dos medos que todos temos quando estamos diante de alguém que nos encanta de modo especial.

7. O medo relacionado com o encantamento amoroso é que determina o estado que chamamos de paixão: paixão é amor mais medo! Temos medo de perder aquela pessoa tão especial e do sofrimento que, nessa condição, teríamos. Temos medo de nos aproximarmos muito dela e de nos diluirmos e nos perdermos de nós mesmos em virtude de seus encantos. Temos enorme medo da felicidade, já que em todos nós os momentos extraordinários se associam imediatamente à sensação de que alguma tragédia irá nos alcançar - o que, felizmente, corresponde a uma fobia, ou seja, um medo sem fundamento real. As fobias existem em função de condicionamentos passados e devem ser enfrentadas de modo respeitoso, mas determinado.

8. Para ser feliz no amor é preciso ter coragem e enfrentar o medo que a ele se associa. Esse é um exemplo da utilidade prática do conhecimento: ao sabermos que o amor - aquele de boa qualidade, que determina a tendência para a fusão e provoca a enorme sensação de felicidade - sempre vem associado ao medo, não nos sentimos fracos e anormais por sentirmos assim. Ao mesmo tempo, adquirimos os meios para, aos poucos, ir ganhando terreno sobre os medos e agravando a intimidade com aquela pessoa que tanto nos encantou.

9. Quando o medo se atenua, desaparece a paixão. Isso não deve ser entendido como o enfraquecimento ou o fim do sentimento amoroso pleno. Sobrou "apenas" o amor. O que acaba é o tormento, o "filme de suspense". Fica claro que a coragem é requisito básico para a vitória sobre o medo e a realização do encontro amoroso. O encontro é menos ameaçador quando somos mais independentes e capazes para ficar sozinhos; nossa individualidade mais bem estabelecida nos faz menos disponíveis para a tendência à fusão que é usual no início dos relacionamentos mais intensos. Quando o medo se atenua costuma aumentar o desejo sexual. Se o parceiro escolhido for também um amigo não faltarão ingredientes para a perpetuação do encantamento. Desaparece o medo, mas não desaparecerá o encantamento, a menos que a única coisa interessante fosse o "filme de suspense" - e se for esse o caso é melhor que o relacionamento termine aí. No +amor assim constituído, o encantamento só desaparecerá se desaparecer a admiração.

10. A admiração só desaparecerá se houver abalos graves na confiança ou se tiver havido grave engano na avaliação do parceiro. É evidente que ao longo de um convívio íntimo com uma pessoa com a qual temos muita afinidade surgirão também diferenças de todo o tipo. Não existem "almas gêmeas", de modo que nem todos os pontos de vista serão afinados, nem todos os hábitos serão compatíveis, etc. É o momento em que surgem certa decepção e dúvidas acerca do acerto da escolha. É nesse ponto que percebemos que a escolha amorosa se faz tanto com o coração como com a razão: a admiração deriva de uma avaliação racional do outro, ainda que o façamos de modo camuflado porque aprendemos que o amor é uma mágica determinada pelas flechas do Cupido. A avaliação da importância das diferenças que finalmente se revelaram determinará a evolução, ou não, do relacionamento. A serenidade na análise de situações dessa natureza só pode acontecer com pessoas portadoras de boa tolerância a frustrações e contrariedades. Assim, a maturidade emocional que se caracteriza pela capacidade de suportarmos bem as dores da vida é requisito indispensável para a felicidade amorosa.

11. É preciso muita atenção, pois o medo tende a se esconder atrás das dúvidas que derivam das diferenças no modo de ser do outro, do menor desejo sexual inicial e também das eventuais dificuldades práticas derivadas das circunstâncias da vida daqueles que se encontraram e se encantaram. O medo é sempre presente e se formos mais honestos conosco mesmos saberemos melhor separá-lo de seus disfarces. É por isso que o conhecimento, que determina crescimento e fortalecimento da razão, é tão útil para que possamos avançar até mesmo nas questões emocionais. A coragem é a força racional que pode se opor e vencer o medo. Ela cresce com o saber e as convicções e também com a maturidade emocional que nos faz mais competentes para corrermos riscos e eventualmente tolerarmos alguns fracassos.

12. A maturidade moral dos que se amam é indispensável para que se estabeleça a mágica da confiança, indispensável para que tenhamos coragem de enfrentar o medo de sermos traídos ou enganados, o que geraria um dos maiores sofrimentos a que nós humanos estamos sujeitos. Não podemos confiar a não ser em pessoas honestas, constantes e consistentes. Assim sendo, este é mais um requisito para que possamos ser felizes no amor. Temos que possuir esta virtude moral e valorizá-la como indispensável no amado. Não há como estabelecermos um elo sólido e verdadeiro com um parceiro não confiável a não ser que queiramos viver sobre uma corda bamba.

13. São tantos os requisitos básicos para que o +amor se estabeleça que não espanta que ele seja tão incomum mesmo sendo uma felicidade possível para todos. Temos que nos desenvolver emocionalmente até atingir a maturidade que nos permita competência para lidar com frustrações. Temos que avançar moralmente para nos tornarmos confiáveis. Temos que ganhar conhecimento mais sofisticado e útil sobre o amor para que possamos ter uma razão geradora da coragem necessária para ousarmos nessa aventura. Temos que ter competência para ficar sozinhos para que possamos desenvolver melhor nossa individualidade e não nos deixarmos seduzir pela tentação da fusão romântica e a excessiva dependência, além de podermos esperar com paciência a chegada de um parceiro adequado. As virtudes necessárias à felicidade sentimental são todas elas "virtudes democráticas", ou seja, acessíveis a todos e cuja presença em uns não impede que surjam nos outros - é sempre bom lembrar que o mesmo não acontece, por exemplo, com o dinheiro: para que uns tenham bastante é inevitável que muitos outros tenham pouco. As virtudes democráticas podem existir em todos aqueles que se empenharem no caminho do crescimento interior. Acontece que elas não são fáceis de serem conquistadas e nem se pode chegar a elas a não ser por meio de uma longa e persistente caminhada. Não existem atalhos e o trajeto pode demorar anos. O caminho é por vezes penoso, mas ainda assim fascinante. Trata-se de uma densa viagem para dentro de nós mesmos, na direção do autoconhecimento.

14. Quando estamos prontos, o parceiro adequado acaba se mostrando diante de nossos olhos. Não precisamos nos esforçar, sair de nossas rotinas de vida e buscar ativamente o encontro amoroso. Tudo irá acontecer quando for chegada a hora e sempre é bom ter paciência, já que esperar com serenidade é uma das condições mais difíceis de vivenciarmos.

15. Se tudo isso lhe pareceu muito racional, lógico e frio, engano seu. Todos esses passos vão nos acontecendo sob a forma de emoções e vivências que se dão espontaneamente, sendo que as reflexões deverão servir apenas de roteiro para que não nos sintamos tão perdidos. Desde a adolescência experimentamos vários tipos de relacionamentos e deveremos ir aprendendo a entender tudo o que está nos acontecendo e todas as nossas ações e reações. Primeiro vivenciamos e depois devemos refletir sobre o que aconteceu. Assim, não existe real antagonismo entre emoções e razão; uma complementa a outra. Reflexões adequadas e consistentes determinam avanços emocionais, que permitem reflexões mais sofisticadas, geradoras de avanços emocionais ainda maiores, e assim por diante. Estabelece-se um círculo virtuoso que deverá criar condições de felicidade sentimental para todos aqueles que se empenharem realmente na rota do crescimento emocional. A felicidade sentimental é a recompensa acessível a todos os que completarem o ciclo mínimo de evolução emocional." Um roteiro para ser feliz no amor - Flávio Gikovate

Coragem


“A semente não pode saber o que lhe vai acontecer, a semente jamais conheceu a flor. E a semente não pode nem mesmo acreditar que traga em si a potencialidade para transformar-se em uma bela flor. Longa é a jornada. E sempre será mais seguro não entrar nela, porque o percurso é desconhecido, e nada é garantido... mil e uma são as incertezas da jornada, muitos são os imprevistos - e a semente sente-se em segurança, escondida no interior de um caroço resistente. Ainda assim ela arrisca, esforça-se; desfaz-se da carapaça dura que é a sua segurança, e começa a mover-se. A luta começa no mesmo momento: a batalha com o solo, com as pedras, com a rocha. A semente era muito resistente, mas a plantinha será muito, muito delicada, e os perigos serão muitos.
Não havia perigo para a semente, a semente poderia ter sobrevivido por milênios, mas para a plantinha os perigos são muitos. O brotinho lança-se, porém, ao desconhecido, em direção ao sol, em direção à fonte de luz, sem saber para onde, sem saber por quê. Enorme é a cruz a ser carregada, mas a semente está tomada por um sonho e segue em frente.
Semelhante é o caminho para o homem. É árduo. Muita coragem será necessária”.
Esta descrição da carta me faz refletir sobre todos os momentos em que precisamos ser como a semente: aceitar o campo em que caímos e, mesmo dentro de um casca rija, acreditar nos nossos sonhos e romper esta casca, olhando em volta, intuindo onde estamos e para onde vamos.
Se o ambiente for inóspito, temos que, pacientemente, esperar pela chuva e pelo sol que vêm fortalecer nosso crescimento. Temos que encontrar uma brecha entre as pedras e os espinhos para serpentear nosso caule e abrir nossa copa e nossas flores debaixo do vasto céu azul que nos espera.
Sugiro que imprima a carta que ilustra o artigo e a pendure bem na sua frente, deixando aqui também, o comentário sobre a carta: “Quando nos defrontamos com uma situação muito difícil, há sempre uma escolha: podemos ficar repletos de ressentimentos e tentar encontrar alguém ou alguma coisa em que pôr a culpa pelas nossas dificuldades, ou podemos enfrentar o desafio e crescer. A flor nos mostra o caminho, à medida que a sua paixão pela vida a conduz para fora da escuridão, para o mundo da luz. Não há nenhum sentido em lutar contra os desafios da vida, ou tentar evitá-los ou negá-los. Eles estão aí, e se a semente deve transformar-se em flor, precisamos passar por eles. Seja corajoso o bastante para transformar-se na flor que você foi feito para ser”. Osho Tarot

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Selecção Katie Melua...


If you’re a cowboy I would trail you,
If you’re a piece of wood I’d nail you to the floor.
If you’re a sailboat I would sail you to the shore.
If you’re a river I would swim you,
If you’re a house I would live in you all my days.
If you’re a preacher I’d begin to change my ways.

Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.

If I was in jail I know you’d spring me
If I was a telephone you’d ring me all day long
If was in pain I know you’d sing me soothing songs.

Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.

If I was hungry you would feed me
If I was in darkness you would lead me to the light
If I was a book I know you’d read me every night

If you’re a cowboy I would trail you,
If you’re a piece of wood I’d nail you to the floor.
If you’re a sailboat I would sail you to the shore.
If you’re a sailboat I would sail you to the shore.

I won't spend my life
Waiting for an angel to descend
Searching for a rainbow with an end
Now that I've found you I'll call off the search
And I won't spend my life
Gazing at the stars up in the sky
Wondering if love will pass me by
Now that I've found you I'll call off the search

Out on my own
I would never have known this world
That I see today
And I've got a feeling
It won't fade away

And I won't end my days
Wishing that love would come along
Because you are in my life where you belong
Now that I've found you I'll call off the search

You are the tiger burning bright
Deep in the forest of my night
You are the one who keeps me strong in this world

You sleep by the silent cooling streams
Down in the darkness of my dreams
All of my life I never knew
You were the dream I'd see come true
You are the tiger burning bright

I was the one who looked so hard I could not see.
Now I could never live without the love you give to me.

I lived like a wild and lonely soul,
Lost in a dream beyond control.
You were the one who brought me home down to earth.

For you are the tiger burning bright
Deep in the forest of my night
All of my life I never knew
You were the dream I'd see come true
You are the tiger burning bright

I lost myself on a cool damp night
Gave myself in that misty light
Was hypnotized by a strange delight
Under a lilac tree
I made wine from the lilac tree
Put my heart in its recipe
It makes me see what I want to see
and be what I want to be

When I think more than I want to think
Do things I never should do
I drink much more than I ought to drink
Because I brings me back you...

Lilac wine is sweet and heady,
like my love
Lilac wine, I feel unsteady,
like my love
Listen to me...
I cannot see clearly
Isn't that he coming to me nearly here?

Lilac wine is sweet and heady
where's my love?
Lilac wine, I feel unsteady,
where's my love?

Listen to me, why is everything so hazy?
Isn't that he, or am I just going crazy, dear?
Lilac Wine, I feel unready
for my love...

Faraway voice,
We can hear you whoo voice,
What's it like to be heard,
But from you not a word,
Are you over those hills,
Do you still hum the old melodies,
Do you wish people listened,
Over here with me,

Faraway voice,
What I would give to hear that voice,
What's it like to breath,
My ears deceive me voice,

And I will walk with you on a summers,
And I will talk to you,
Though you're faraway,
And we'll sing through the years,
Are you over those hills,
Do you still hum the old melodies,
Do you wish people listened,
Over here with me

A mask is easily placed,
On a betrayed and broken face.
A disguise to hide the past,
When you mapped out my skin and made the memories last.
Some things are never erased,
And I have run when I've been chased,
By recollections of you and me falling off our homemade castle

And even when I'm walking straight I always end up in a perfect circle.
Oh I try but I just can't wait,
To break out of this perfect circle.
'Cos giving into old temptation,
Is like that common twitch.
Oh the silly stupid realisation,
The more you scratch the more you itch.

Why am I fighting, what's it for,
Must let my mask drop to the floor.
My scars I shouldn't hide from the people who are on my side,
Rolling up my sleeves to fight against,
All the things I locked up and all the things I fenced.
But it's time to let it out so we can build a brand new castle.

And even when I'm walking straight I always end up in a perfect circle.
Oh I try but I just can't wait,
To break out of this perfect circle.
'Cos giving into old temptation,
Is like that common twitch.
Oh the silly stupid realisation,
The more you scratch the more you itch.

And even when I'm walking straight I always end up in a perfect circle.
Oh I try but I just can't wait,
To break out of this perfect circle.
'Cos giving into old temptation,
Is like that common twitch.
Oh the silly stupid realisation,
The more you scratch the more you itch.

When you taught me how to dance
Years ago with misty eyes
Every step and silent glance
Every move a sweet surprise

Someone must have taught you well
To beguile and to entrance
For that night you cast your spell
And you taught me how to dance

Light reflections in a lake
I recall what went before
As I give, I'll learn to take
And to be alone no more

Other lights may light my way
I may even find romance
But I won't forget that night
When you taught me how to dance

Cold winds blow
But on those hills you’ll find me
And I know
You’lre walking right behind me

When you taught me how to dance
Years ago with misty eyes
Every step and silent glance
Every move a sweet surprise

Someone must have taught you well
o beguile and to entrance
For that night you cast your spell
And you taught me how to dance
And you taught me how to dance

And now the purple dust of twilight time
Steals across the meadows of my heart
Now the little stars, the little stars pine
Always reminding me that we're apart
You wander down the lane and far away
Leaving me a love that cannot die
Love is now the stardust of yesterday
The music of the years gone by.

Sometimes I wonder why I spend
The lonely nights
Dreaming of a song
That melody haunts my reverie
And I am once again with you
When our love was new
And each kiss an inspiration
Ah, but that was long ago
Now my consolation
Is in the stardust of a song

Beside a garden wall
Where stars are bright
You are in my arms

That nightingale tells its fairy tale
of paradise where roses grew
Though I dream in vain
In my heart it will remain
my stardust melody
The memory of love's refrain.

Ah, but that was long ago
Now my consolation
Is in the stardust of a song

Beside a garden wall
Where stars are bright
You are in my arms
That nightingale tells its fairy tale
Of paradise where roses grew
Though I dream in vain
In my heart it will remain
My stardust melody
The memory of love's refrain.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Vem jogar...

"Mais um dia em vão no jogo em que ninguém ganhou
Dá mais cartas, baixa a luz e vem esquecer o amor
És tu quem quer
Sou eu quem não quer ver que tudo é tão maior
Aqui está frio demais pra apostar em mim
Vê que a noite pode ser tão pouco como nós
Neste quarto o tempo é medo e medo faz-nos sós
És tu quem quer
Mas eu só sei ver que o tempo já passou e eu fugi
Que aqui está frio demais pra me sentir... mas queres ficar?
Tudo o que é meu
É tudo o que eu
Não sei largar
Queres levar
Tudo o que é meu
E tudo o que eu
Não sei largar
Vem rasgar o escuro desta chuva que sujou
Vem que a água vai lavar o que me dói
Vem que nem o último a cair vai perder
Não... vai perder..." O Jogo - Tiago Bettencourt

The Rebel - Osho - Tarot Zen

"People are afraid, very much afraid of those who know themselves. They have a certain power, a certain aura and a certain magnetism, a charisma that can take out alive, young people from the traditional imprisonment.... The enlightened man cannot be enslaved - that is the difficulty - and he cannot be imprisoned.... Every genius who has known something of the inner is bound to be a little difficult to be absorbed; he is going to be an upsetting force. The masses don't want to be disturbed, even though they may be in misery; they are in misery, but they are accustomed to the misery. And anybody who is not miserable looks like a stranger.The enlightened man is the greatest stranger in the world; he does not seem to belong to anybody. No organization confines him, no community, no society, no nation." Osho The Zen Manifesto: Freedom from Oneself Chapter 9
"The powerful and authoritative figure in this card is clearly the master of his own destiny. On his shoulder is an emblem of the sun, and the torch he holds in his right hand symbolizes the light of his own hard-won truth. Whether he is wealthy or poor, the Rebel is really an emperor because he has broken the chains of society's repressive conditioning and opinions. He has formed himself by embracing all the colors of the rainbow, emerging from the dark and formless roots of his unconscious past and growing wings to fly into the sky. His very way of being is rebellious - not because he is fighting against anybody or anything, but because he has discovered his own true nature and is determined to live in accordance with it. The eagle is his spirit animal, a messenger between earth and sky. The Rebel challenges us to be courageous enough to take responsibility for who we are and to live our truth."

terça-feira, 22 de abril de 2008

Dreaming...


"Dream on girl, Dream on girl

I want to see you sleep tonight

You’re up and down

You hit the ground

And time is drifting trough your fears

I can’t find your dreams tonight

And make your lover come back home

If you don’t know, you are on your own

I’ll choose the best days for your sleep

Come back to see the day you lost your heart

And odd your hopes

I’ll take you to see the sunrise and try to catch your ghost

Come on girl, a dream is your world

The sins you see are in your mind

The words that you speak are here in my ear

So I can hear you falling down

Take a breath to see me

I can wait for you to

Live your live with no hopes but

If you still believe…

Come back to see the day you lost your heart

And odd your hopes

I’ll take you to see the sunrise and try to catch your ghost..." Dream on Girl - Rita Redshoes

Dia da Mãe Terra


Antes do homem ser criado, só havia Terra e Ar e antes mesmo de existir o ar e a terra, se necessitava de um lugar para estes se manifestarem. Este lugar era o Caos: que era o lugar onde existia só a possibilidade de ser. No sonho do Caos só existia o Pensamento, que crescia e palpitava e este Pensamento estabeleceu a Ordem. Tão poderoso e eficaz foi este Pensamento que chamou a si mesmo Eros e ao pronunciar aquele nome, o Caos transformou-se no Momento. De Caos e Eros surgiram a obscuridade chamada Nyx e o movimento chamado Boreas, o vento.

Na sua primeira dança cósmica, Nyx e Boreas, giraram em movimento arrebatado e frenético até que tudo que era denso e pesado descendeu e tudo que era leve ascendeu. A matéria densa era Gaia e da sua chuva e da sua semente proveu a sua descendência.

A princípio, de Gaia nasceu Urano ou o Céu, que se uniu a ela gerando os gigantes, feios, violentos e poderosos Titãs, incluindo Cronos, o Devorador Pai do Tempo. Urano não tolerava os filhos e logo que nasciam, os empurrava de volta para dentro do útero, para o fundo da Terra Mãe, onde estagnavam pela ausência de luz, actividade e liberdade. Finalmente um deles, Cronos, foi secretamente removido do próprio útero da Mãe Gaia e quando o Pai Urano desceu para cobrir Gaia, esse filho titânico rebelde e irado castrou-o. Depois libertou seus irmãos e irmãs e com isso deu início à Era dos Titãs.

Segundo Hesíodo, o movimento de saída da constelação Urano começa quando Gaia fica sobrecarregada com o fardo dos filhos, que lhes foram socados de volta ao ventre. O incómodo de Gaia, devido ao peso e à pressão dos filhos titânicos no seu útero, prenuncia o início de um plano que trama derrubar seu marido-filho Urano valendo-se de Cronos, o filho heróico.

O sangue de Urano jorrou sobre a terra gerando outros Deuses, como as Erínias (Fúrias), as Meliae (ninfas do espírito das árvores) e os Gigantes. Cheio de mágoa e em conseqüência da mutilação de que fora vítima Urano morreu.

As representações de Cronos que se seguiram não são muito consistentes; de um lado, dizem que seu reino constituiu a Idade do Ouro da inocência e da pureza mas por outro lado ele é qualificado como um monstro que devorava os próprios filhos. Em grego Cronos quer dizer o Tempo. Este Deus que devora os filhos é, diz Cícero, o Tempo, o Tempo que não sacia dos anos e que consome todos aqueles que passam.

Da união de Gaia e Urano nasceram também: Hipérion, Japeto, Réia ou Cibele, Temis, Febe, Tetis, Brontes, Steropes, Argeu, Coto, Briareu, Giges.

Dizia-se que o homem nascera da terra molhada aquecida pelos raios de Sol. Deste modo, a sua natureza participa de todos os elementos e quando morre, sua mãe venerável o recolhe e o guarda em seu seio.

No mito grego, não há nenhuma razão que explique o porque, Gaia e Urano, depois de terem criado tantas coisas bonitas, geraram os titãs, filhos violentos, de força horrorosa e terrível. No entanto, sua chegada significa o fim de uma antiga ordem.

A Terra, às vezes tomada pela Natureza, tinha vários nomes: Titéia, Ops, Vesta e mesmo Cibele.

Algumas vezes a Terra é representada pela figura de uma mulher sentada em um rochedo. As alegorias modernas descrevem-na sob traços de uma venerável matrona, sentada sobre um globo, coroada de torres, empunhando uma cornucópia cheia de frutos. Outras vezes aparece coroada de flores, tendo ao seu lado um boi que lavra a terra, o carneiro que se ceva e o mesmo leão que está aos pés de Cibele. Em um quadro de Lebrum, a Terra é personificada por uma mulher que faz jorrar o leite de seus seios, enquanto se desembaraça do seu manto e do manto surge uma nuvem de pássaros que revoa nos ares.

Gaia foi também a profetiza original do centro de advinhação da Grécia Antiga: o Oráculo do Delfos. O Oráculo, considerado o umbigo da Terra, situava-se onde a sabedoria da terra e da humanidade se encontravam.

Gaia é o ser primordial de onde todos os outros Deuses se originaram, mas sua adoração entrou em declínio e foi suplantada mais tarde por outros deuses. Na mitologia romana é conhecida como Tellus. Gaia é a energia da própria vida, Deusa pré-histórica da Mãe Terra, é símbolo da unidade de toda a vida na natureza. Seu poder é encontrado na água e na pedra, no túmulo e na caverna, nos animais terrestres e nos pássaros, nas serpentes e nos peixes, nas montanhas e nas árvores.

Quando falamos do arquétipo da Terra, estamos também inevitavelmente a referir-nos arquétipo do Céu e à relação entre os dois. É só depois que separarmos o que está aqui embaixo com o que está lá em cima, que entenderemos o simbolismo do que está acima que é leve, claro, masculino e activo, e a Terra, que está abaixo e é pesada, escura, feminina e passiva.

A humanidade como um todo reunida em torno do arquétipo Terra está associada tanto à este mundo que é corpóreo, tangível, material e estático, quando ao seu simbolismo oposto do Céu que está ligado ao outro mundo, incorpóreo, intangível, espiritual e dinâmico. Para entendermos o arquétipo da Terra e da Deusa Mãe Terra, devemos entrar em contato com as contradições Céu e Terra, Espírito e Natureza.

A imagem patriarcal cristã da Terra, durante a Idade Média, era sem nenhuma ambiguidade, negativa, ao passo que o arquétipo positivo do Céu era dominante. A parte decaída inferior da alma pertencia ao mundo da Terra, enquanto que sua verdadeira essência que é o "espírito", se originava no lado celestial masculino de "Deus", ou do Mundo Superior. O lado terreno então, deveria ser sacrificado em nome do Céu, porque a Terra era feminina, pertencendo ao mundo dos instintos, representanda pela sexualidade, sedução e o pecado.

Esta autonegação do homem, desperta em nós não apenas espanto, mas horror, em virtude da natureza humana terrena, ser considerada repulsiva e má. Depreciação da Terra, hostilidade para com a Terra, que nos alimenta e protege, são expressão de uma consciência patriarcal fraca, que não reconhece outro modo de ajudar a si mesma a não ser fugir violentamente do domínio fascinante e avassalador do terreno.

Foi somente a partir da Renascença que a Terra se libertou desta maldição, tornando-se Natureza e um mundo a ser descoberto que aparece com toda a sua riqueza de criatura viva, que já não estava em oposição com um Espírito Céu da divindade, mas na qual a essência divina se manifesta. O espírito que de agora em diante será buscado é espírito da Terra e da humanidade.

Gaia, Deusa Mãe

"Gaia que fez o céu
Que me faz amar
Gaia deusa da terra
Mãe, criadora
Do mar
Ela é a mãe natureza
Minha rainha, pura beleza
Misticismo natural
Alegria do luar
Flores dadas pro amor
Doce canto beija flor"

"Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra, pois é Ela a doadora da vida.
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela. Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida...
E te deu este corpo para que um dia tu Lhe devolvas.
Saibas que o sangue que corre nas tuas veias Nasceu do sangue da tua Mãe Terra, o sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela borbulha nos riachos das montanhas flui abundantemente nos rios das planícies. Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra, o alento Dela é o azul celeste das alturas do céu e os sussurros das folhas da floresta... E, que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra. Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra. A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho.

Como o ar tremelicante sustenta o pássaro em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra Ela está em ti e tu estás Nela. Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente. Segue, portanto, as Suas leis pois teu alento é o alento Dela. Teu sangue o sangue Dela. Teus ossos os ossos Dela. Tua carne a carne Dela. Teus olhos e teus ouvidos são Dela também.

Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra não morrerá jamais, conhece esta paz na tua mente deseja esta paz ao teu coração realiza esta paz com o teu corpo
.”

Só, simples, mais, dançar, juntos, de mãos dadas...

“Preferias que cantasse noutro tom
Que te pintasse o mundo de outra cor
Que te pusesse aos pés um mundo bom
E que te jurasse amor, o eterno amor

E querias que roubasse ao Sete-Estrelo
A luz que te iluminasse o olhar
Embalar-te nas ondas com desvelo
Levar-te até à lua para dançar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre se quiseres
Ou então se preferires fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

Talvez até pudesse dar-te mais
Que tudo o que tu possas desejar
Não te debruces tanto que ainda cais
Não sei se me estás a acompanhar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre se quiseres
Ou então se preferires fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

Podia, se quisesses, explicar-te
Sem pressa, tranquila, devagar
E pondo, claro está, modéstia à parte
Uma ou duas coisas se calhar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre se quiseres
Ou então se preferires fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres” Cantiga De Amor - Rádio Macau

“Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar

Só por ter dois sóis
Só por hesitar
Fiz a cama na encruzilhada
E chamei casa a esse lugar

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por inventar
Só por destruir
Tenho as chaves do céu e do inferno
E deixo o tempo decidir

E anda sempre alguém por lá
Junto à tempestade
Onde os pés não têm chão
E as mãos perdem a razão

Só por existir
Só por duvidar
Tenho duas almas em guerra
E sei que nenhuma vai ganhar
Eu sei que nenhuma vai ganhar" Só - Jorge Palma

"Há qualquer coisa de leve na tua mão,
Qualquer coisa que aquece o coração
Há qualquer coisa quente quando estás,
Qualquer coisa que prende e nos desfaz
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
A forma dos teus braços sobre os meus,
O tempo dos meus olhos sobre os teus
Desço nos teus ombros para provar
Tudo o que pediste para levar
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...
Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construí
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti
Tens os raios brancos como um rio,
Sou quem sai do escuro para te ver,
Tens os raios puros no luar,
Sou quem grita fundo para te ter
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...
Quero ver as cores que tu vês
Para saber a dança que tu és
Quero ser do vento que te faz
Quero ser do espaço onde estás
Deixa ser tão leve a tua mão,
Para ser tão simples a canção
Deixa ser das flores o respirar
Para ser mais fácil te encontrar
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais...
Vem quebrar o medo, vem
Saber se há depois
E sentir que somos dois,
Mas que juntos somos mais
Quero ser razão para seres maior
Quero te oferecer o meu melhor
Quero ser razão para seres maior
Quero te oferecer o meu melhor
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol
Fazes muito mais que o sol" Cançao Simples - Tiago Bettencourt & Mantha

segunda-feira, 21 de abril de 2008

"You light the skies, up above me
A star, so bright, you blind me
Don't close your eyes
Don't fade away, don't fade away...

You and me we can ride on a star
If you stay with me girl
We can rule the world...
You and me we can light up the sky
If you stay by my side
We can rule the world...

If walls break down, I will comfort you
If angels cry, I'll be there for you
You've saved my soul
Don't leave me now, don't leave me now...

You and me we can ride on a star
If you stay with me girl
We can rule the world...
You and me, we can light up the sky
If you stay by my side
We can rule the world...

All the stars are coming out tonight
They're lighting up the sky tonight
For you, for you...

All the stars are coming out tonight
They're lighting up the sky tonight
For you, for you...

You and me we can ride on a star
If you stay with me girl
We can rule the world...
You and me, we can light up the sky
If you stay by my side
We can rule the world...

All the stars, are coming out tonight
They're lighting up the sky tonight
For you,for you..." Rule the World - Take That

Acredito

"We're back now
More bad news on the radio
Planet Earth she's about to explode
The stars have lost their shine today
They have all been blown away
Together, only hope can be away

Let me hear you say
One day, we'll be together
We'll never be apart
One heart, one mind
One day we'll be together
Remeber this old world is yours and mine

See that man with a pen and gun
Says it's over for everyone (oh no)
No I don't believe it's true
But, I guess it's up to me and you
Together, we will find a way through

I believe in you

One day, we'll be together
We'll never be apart
One heart, one mind yeah
One day we'll be together
Remeber this old world is yours and mine

One day we'll be together
One heart, one mind together
All around the world
Everybody's singing
Every boy and girl

One day, we'll be together
One day
It's gonna be alright
One day, one day we'll be together
One day we'll be together
Come on now

Everybody c'mon, everybody say it right now
Everybody now
'Cause I believe in you - yes, I do
It's gonna be alright
It's gonna be alright, yes!
Say it loud, say it loud, say it loud...
Ohh yeh, it's gonna be alright

It's gonna be alright
It's gonna be alright

Let me hear you say
One day, we'll be together
We'll never be apart
One heart, one mind
One day we'll be together
Remeber this old world is yours and mine
Remeber this old world is yours and mine
One day, one love, one heart, one mind" One day we'll be together - Bob Sinclair

sexta-feira, 11 de abril de 2008











No instante em que as nossas energias se reunirem voaremos para esse lugar onde tudo é luz.

MARGA

In Wikipédia:
*Marga é um tipo de calcário contendo 35 a 60% de argila. Pode ser empregada na olaria, na composição do cimento e na correção do pH do solo. Muito usada para nivelação da Eira, onde o terreno é usado para tratamento dos molhos de cereais.

*Marga in Hinduism refers to a way of accomplishing something such as yoga or sadhana.

*Marga, one of the Four Noble Truths, in Buddhism.

The Way (Marga) Leading to the Cessation of Suffering:
"Now this ... is the noble truth of the way leading to the cessation of suffering: it is the Noble Eightfold Path; that is, right view, right intention, right speech, right action, right livelihood, right effort, right mindfulness, right concentration."


Fantástico, o que se descobre ao fim de tantos anos... :-)

Saboreio-te...

O TEU SABOR
"Sabes-me a amoras maduras
e cheiras a caminhos velhos
bordejados de silveiras
onde esse odor resiste...
sabes-me a maresia
e cheiras às algas
que a praia aprisiona
no vai-vem das marés...
sabes-me aos montes da costa
onde crescem os eucaliptos
e os pinheiros fenecem
queimados em dor...
sabes-me a canções de embalar
enquanto a raiva
te cresce no peito
em lágrimas...
sabes-me aos pés doridos
doutras grilhetas
e às mãos reféns
doutras doutrinas e pátrias...
sabes-me a medo, fel de todas as entranhas
e a recordações felizes
avistadas por uma nesga
de janela, na prisão longínqua...
sabes-me, às vezes
a futuro prometido
ânsia desmedida da alma
à espera da hora!..." Maria Mamede

Chamo-te no silêncio...

É DE SILÊNCIO O NOME...
"É de silêncio
o nome que te chamo
meu amor sem nome
conhecido
dum silêncio que grita
em meu ouvido
enta ânsia dor
com que te amo!
É de sede o beijo
que te ofereço
desta imensa sede
que é tortura
esta falta de água
esta amargura
pela falta dessa boca
que reclamo!
É de fome o abraço
que te peço
da fome de quem vem
doutras paragens
dessa de quem fez
tantas viagens
é de fome o abraço
que te peço!
É de sonho a vida
que procuro
do sonho de quem busca
e ousa e quer
do sonho que é mais sonho
na Mulher
é de sonho a vida
que procuro!
É de silêncio a força
com que te amo
esta força trovão
à flor da pele
esta força que cresce
e que me impele
e é de silêncio o nome
que te chamo!..." Maria Mamede

Espero-te...

SOLILÓQUIO
"Perfumei-me de alfazema
para te esperar
e não chegaste!
E começa a estar frio demais
para este vestido fino
tingido de papoilas;
sabes, já choveu bastante
embora eu não tivesse
abandonado
este banco de pedra
onde te espero
há tantas vidas!
Entanto, o tempo corre.
Desbotou-se o meu baton
de tanto beijar a ausência
e o meu coração
potro selvagem
vai agora a passo
pelos atalhos da espera!
Atormenta-me a demora...
antes, os rios
eram lágrimas
de saudade;
hoje, porém
tudo é deserto
na morte do verde.
Os sonhos, amarelo-desespero
começam a insinuar-se
no horizonte infindo
das memórias.
Rasguei minha alma
contra o casco do navio
onde viaja a esperança
e são já mortas
as horas
que deixei esquecidas
no cais do tempo...
já não sei se falo contigo
ou com aquela pega
que me olha do galho mais alto
solitária
como eu.
Ah meu amor
perfumei-me de alfazema
para te esperar
e não vieste!
E eu, aqui sozinha
há tanto tempo
creio já ter esquecido
o caminho de casa!..." Maria Mamede

Viajo nas estrelas...

VIAGENS
"SÃO OS VALES QUE DESENHAM MADRUGADAS
OS TEUS DEDOS QUE DESCOBREM NOVAS FONTES..."
e teus olhos com estrelas pendurads
são os risos dos faunos pelos montes...
São no peito as dores amarguradas
que se vestem da luz dos horizontes
e geram luas, imensas, prateadas
que se escondem, pra que tu despontes...
E de quem parte são as alegrias
as horas do prazer, de ir à sorte
aventuras de amor, em descoberta
Trazem no regresso as nostalgias
do vivido a dois sem passaporte
dum país de sonho a porta aberta!..." Maria Mamede

Há tantas vidas meu Sol...

A ÚLTIMA ESTRELA
"A última estrela que me enviaste
morreu
e enterrei-a ao fundo da cortinha
no campo da ribeira grande
ao pé dos choupos...
do buraco pequeno
onde repousa
sai, em noites de negrura
uma luz
intensamente branca
para que eu lhe saiba sempre
o lugar;
esta, foi mais uma das muitas
que me tens enviado.
Algumas vivem
e transformam-se em pássaros
ou em borboletas;
outras, regressam a ti
com recados meus
a servir de cartas;
outras ainda
pegam-se à minha saudade
e morrem de tristeza!
Eu aviso-as, como posso
que não devem ficar
mas elas, que não me querem
ver só
quedam-se nos meus olhos
enchem-se de luz
e vão morrendo
nas gotas redondas
que às vezes os pássaros
vêm beber...
e fico mais triste sem elas...
E porque sabes tudo
o que me acontece
há tantas vidas que nos perdemos
e ainda continuas
a enviar-me estrelas
e a acender em mim
constelações
pela calada da noite!..." Maria Mamede

QUEM DERA
"Quem dera pegar na lua
com as minhas mãos de orvalho
e à fé de quanto valho
abraçá-la e guardá-la
no meu peito, onde não moras
quem dera fosse comigo
a lua em todas as horas;
Quem dera a vida me desse
o breve tempo em demoras
e um amor sem ciúme;
e ser lua, ah se eu pudesse
ou se pudesse, ser lume;
talvez a lua eu tivesse
talvez perdesse o ciúme...
Quem dera fosse de sol
esta rua que me veste
esta asa que em mim voa
do nascente ao arrebol
dentro do vento que zoa...
quem dera fosse de sol
esta asa que em mim voa...
Quem dera fosse lamento
este incenso que perfuma
o sol que quero no canto
quem dera fosse o momento
do amor que espero tanto...
quem dera fosse de vento
quem dera fosse meu manto!..." Maria Mamede

Como gota de mel...

NO ORVALHO DA MANHÃ...
"Chegavas no orvalho da manhã
para adoçar o meu dia;
eras senhor da alegria
na madrugada solitária
senhor da nostalgia
se minha alma gregária
e sem descanso
encontrava paz;
senhor do remanso
dos verdes tenros e vibrants
da primavera chegada
quase tudo e quase nada
dependendo da hora
e comigo vieste
por aí fora
no tempo solidão
no tempo ausência
e sempre evitaste
a dor demência
que tanta vez
me ataca o coração.
Não fora
a tua presença
e quantos instantes
seriam de total agonia!
Em ti, sempre principia
o dom de Salomão
discernimento
o dom que me dá
alegria e sofrimento
mas a beleza de poder
ser estrela
sendo apenas erva chã
e faz
que apesar do anos
e de tantos
tantos desenganos
no amar
continues a chegar
no orvalho da manhã!..." Maria Mamede

Começo...

Oração
"Saudosa de ti
devolvo-te às águas placentárias
da eterna sensação de recomeço
e peço
um glamoroso fim para nós dois...
depois
do céu virá
a esplendorosa estrela da manhã
'inda criança
aliança
a unir o que não há!..." Maria Mamede

Acordar de Criança...

S/TÍTULO - (In "Histórias de Amor")
"Sê o meu perfume matinal!
Aceito acordar na tua cama
que a gente se ama
quando ama
aceita o impensável
doutro tempo;
sê tu o canto matutino
o melro do passal
onde menino
andaste aos ninhos
afinal
que tempo temos nós
amor
que passa
e deixando marca
deixa a graça
de nos fazer crianças
outra vez...
sê em mim gasalho
aconchego
doçura que me cinge
a que me apego
prá vida ter sabor
ter alegria...
sê pão
prá fome que padeço
eu serei a água
que te ofereço
no cálix da luz
de cada dia!
Não digas ao ouvido
que me amas;
o coração tem escutas
pelas veias
não digas amor
das marés cheias
da longa solidão
que desvanece
ao tocares a boca
que anseias
com sofreguidão
e que fenece
sem a tua boca, a tua mão...
não digas ao ouvido
beija apenas
e as horas nos serão
pequenas
para matar saudades
já sentidas
nesta nossa espera
em tantas vidas
neste eterno desejo
sempre em flor...
mas se acaso
não puderes calar
esse amor que sentes
e lateja
não fales, beija
e seremos dois
num só amor!..." Maria Mamede

Silêncio...

S/Título - (In NO CAIS DO TEMPO)
"Há um caminho de jaspe
e de prata de luar
que só se faz caminhando
que se abre ao caminhar...
é um caminho diferente
dos caminhos conhecidos
sabe a abraço de gente
alegra nossos sentidos;
é um caminho proposta
a cada dia um encanto
alegria em mesa posta
cama de urze e de pranto...
é um caminho de sol
com muita sombra à mistura
da aurora ao arrebol
do alvor à noite escura...
fica lá no fim do mundo
onde o tempo não avança
ora é negro e profundo
ora é verde, como a 'sp'rança...
nele me encontro e me perco
doutros caminhos fechados
e de sua luz me cerco
mesmo de olhos vendados...
é um caminho sorriso
onde a alma se abre em flor
no sonho que é preciso
para viver o amor...
é um caminho de jaspe
e de prata de luar
que só se faz caminhando
que se abre ao caminhar!
...
Metade de mim
é o silêncio
o silêncio que invento
e me aguarda
e a falta de ti...
metade de mim
é silêncio
para além das palavras
para além dos sons das palavras
para além das vozes
que oiço lá fora...
metade de mim
é o silêncio das coisas
e das noites no campo...
mas a outra metade
é dor;
dor e vazio
porque estar sem ti
é verdadeiramente
estar ausente de mim!..." Maria Mamede

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Gira il mondo con gli amori mai tentati

"No, stanotte amore,
non ho più pensato a te.
Ho aperto gli occhi
per guardare intorno a me.
E intorno a me
girava il mondo come sempre.
Gira il mondo gira,
nello spazio senza fine.
Con gli amori appena nati,
con gli amori già finiti.
Con la gioia e col dolore
della gente come me...
Il mondo,
soltanto adesso io ti guardo.
Nel tuo silenzio io mi perdo.
E sono niente accanto a te.
Il mondo non si è fermato
mai un momento.
La notte insegue sempre il giorno.
Ed il giorno verrà...

Il mondo non si è fermato
mai un momento.
La notte insegue sempre il giorno.
Ed il giorno verrà..." Il Mondo, Jimmy Fontana (Enrico Sbriccoli)

"Come te non c'è nessuno
tu sei l'unico al mondo;
nei tuoi occhi profondi io vedo
tanta tristezza.
Come te non c'è nessuno
così timido e solo,
se hai paura del mondo rimani
vicino a me.
Amore dimmi
cosa mai posso fare per te?
I pensieri dividi con me.
Io ti voglio aiutare, amore amor.
Come te non c'è nessuno
è per questo che t'amo
ed in punta di piedi entrerò
nei tuoi sogni segreti
Come te non c'è nessuno
nessuno... nessuno..." Come Te Non C'è Nessuno, Rita Pavone

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Simplesmente, fica aqui.























"We'll do it all,
Everything,
On our own.

We don't need
Anything
Or anyone.

If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?

I don't quite know
How to say
How I feel.

Those three words
Are said too much.
They're not enough.

If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?

Forget what we're told
Before we get too old.
Show me a garden that's bursting into life.

Let's waste time
Chasing cars
Around our heads.

I need your grace
To remind me
To find my own.

If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?

Forget what we're told
Before we get too old.
Show me a garden that's bursting into life.

All that I am,
All that I ever was
Is here in your perfect eyes, they're all I can see.

I don't know where,
Confused about how as well,
Just know that these things will never change for us at all.

If I lay here,
If I just lay here,
Would you lay with me and just forget the world?" - Chasing Cars, Snow Patrol

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A vida é bela!


"Se te perguntarem, diz que sim. Se te fixarem, sorri. Se abanarem a cabeça, se disserem “mas, mas, mas”, diz “sim, porque a vida é bela e tu também.” Se disserem que és louco, se te chamarem criatura romântica, se te disserem que a vida não é bem assim, então ri, manda-lhes amor e espera que compreendam.
Porque o que tu sabes, eles não sabem. Esse ponto onde estás, agora, é incrível.

Como é que sabemos isto? Porque dizemos que é. Juntos conseguiremos que seja verdade, dizem René, Isabel, Joana, Miguel & Andrew.


Sonha com os teus mais queridos e próximos amigos. Partilha a le cool."

em http://lecool.com/cities/lisboa/newsletters/current.html

Porque por vezes não nos sentimos sozinhos e queremos partilhar essa não solidão com quem amamos e viver a felicidade.

Amo-te. Sou feliz. É simples. É bom. Gosto de estar perto de ti.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Tempestade

O que está fora é manifestação do que se passa dentro. As guerras, as tempestades, os desastres naturais... são tão só e apenas criações humanas... Caminhos para a Purificação, para a Paz onde o Amor não encontra barreiras e pode florescer na sua essência mais pura. A Vida poderá voltar a ter as cores primordiais. Os caminhos podem ser muitos mas um dia todos teremos que passar pela transformação que revela o Ser mais verdadeiro.
"Por vezes o destino é como uma pequena tempestade de areia que não pára de mudar de direcção. Tu mudas de rumo, mas a tempestade de areia vai atrás de ti. Voltas a mudar de direcção, mas a tempestade persegue-te, seguindo no teu encalço. Isto acontece uma vez e outra e outra, como uma espécie de dança maldita com a morte ao amanhecer. Porquê? Porque esta tempestade não é uma coisa que tenha surgido do nada, sem nada que ver contigo. Esta tempestade és tu. Algo que está dentro de ti. Por isso, só te resta deixares-te levar, mergulhar na tempestade, fechando os olhos e tapando os ouvidos para não deixar entrar a areia e, passo a passo, atravessá-la de uma ponta a outra. Aqui não há lugar para o sol nem para a lua; a orientação e a noção de tempo são coisas que não fazem sentido. Existe apenas areia branca e fina, como ossos pulverizados, a rodopiar em direcção ao céu. É uma tempestade de areia assim que deves imaginar.
(...) E não há maneira de escapar à violência da tempestade, a essa tempestade metafísica, simbólica. Não te iludas: por mais metafísica e simbólica que seja, rasgar-te-á a carne como mil navalhas de barba. O sangue de muita gente correrá, e o teu juntamente com ele. Um sangue vermelho, quente. Ficarás com as mãos cheias de sangue, do teu sangue e do sangue dos outros.
E quando a tempestade tiver passado, mal te lembrarás de ter conseguido atravessá-la, de ter conseguido sobreviver. Nem sequer terás a certeza de a tormenta ter realmente chegado ao fim. Mas uma coisa é certa. Quando saíres da tempestade já não serás a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido." Haruki Murakami, em Kafka à Beira-Mar
Nota: imagens retiradas da internet.

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Digo NÃO!

Digo NÃO!

Digo SIM!

Digo SIM!

Mama Sutra

Mama Sutra

Estrelas Cadentes