sexta-feira, 11 de abril de 2008











No instante em que as nossas energias se reunirem voaremos para esse lugar onde tudo é luz.

MARGA

In Wikipédia:
*Marga é um tipo de calcário contendo 35 a 60% de argila. Pode ser empregada na olaria, na composição do cimento e na correção do pH do solo. Muito usada para nivelação da Eira, onde o terreno é usado para tratamento dos molhos de cereais.

*Marga in Hinduism refers to a way of accomplishing something such as yoga or sadhana.

*Marga, one of the Four Noble Truths, in Buddhism.

The Way (Marga) Leading to the Cessation of Suffering:
"Now this ... is the noble truth of the way leading to the cessation of suffering: it is the Noble Eightfold Path; that is, right view, right intention, right speech, right action, right livelihood, right effort, right mindfulness, right concentration."


Fantástico, o que se descobre ao fim de tantos anos... :-)

Saboreio-te...

O TEU SABOR
"Sabes-me a amoras maduras
e cheiras a caminhos velhos
bordejados de silveiras
onde esse odor resiste...
sabes-me a maresia
e cheiras às algas
que a praia aprisiona
no vai-vem das marés...
sabes-me aos montes da costa
onde crescem os eucaliptos
e os pinheiros fenecem
queimados em dor...
sabes-me a canções de embalar
enquanto a raiva
te cresce no peito
em lágrimas...
sabes-me aos pés doridos
doutras grilhetas
e às mãos reféns
doutras doutrinas e pátrias...
sabes-me a medo, fel de todas as entranhas
e a recordações felizes
avistadas por uma nesga
de janela, na prisão longínqua...
sabes-me, às vezes
a futuro prometido
ânsia desmedida da alma
à espera da hora!..." Maria Mamede

Chamo-te no silêncio...

É DE SILÊNCIO O NOME...
"É de silêncio
o nome que te chamo
meu amor sem nome
conhecido
dum silêncio que grita
em meu ouvido
enta ânsia dor
com que te amo!
É de sede o beijo
que te ofereço
desta imensa sede
que é tortura
esta falta de água
esta amargura
pela falta dessa boca
que reclamo!
É de fome o abraço
que te peço
da fome de quem vem
doutras paragens
dessa de quem fez
tantas viagens
é de fome o abraço
que te peço!
É de sonho a vida
que procuro
do sonho de quem busca
e ousa e quer
do sonho que é mais sonho
na Mulher
é de sonho a vida
que procuro!
É de silêncio a força
com que te amo
esta força trovão
à flor da pele
esta força que cresce
e que me impele
e é de silêncio o nome
que te chamo!..." Maria Mamede

Espero-te...

SOLILÓQUIO
"Perfumei-me de alfazema
para te esperar
e não chegaste!
E começa a estar frio demais
para este vestido fino
tingido de papoilas;
sabes, já choveu bastante
embora eu não tivesse
abandonado
este banco de pedra
onde te espero
há tantas vidas!
Entanto, o tempo corre.
Desbotou-se o meu baton
de tanto beijar a ausência
e o meu coração
potro selvagem
vai agora a passo
pelos atalhos da espera!
Atormenta-me a demora...
antes, os rios
eram lágrimas
de saudade;
hoje, porém
tudo é deserto
na morte do verde.
Os sonhos, amarelo-desespero
começam a insinuar-se
no horizonte infindo
das memórias.
Rasguei minha alma
contra o casco do navio
onde viaja a esperança
e são já mortas
as horas
que deixei esquecidas
no cais do tempo...
já não sei se falo contigo
ou com aquela pega
que me olha do galho mais alto
solitária
como eu.
Ah meu amor
perfumei-me de alfazema
para te esperar
e não vieste!
E eu, aqui sozinha
há tanto tempo
creio já ter esquecido
o caminho de casa!..." Maria Mamede

Viajo nas estrelas...

VIAGENS
"SÃO OS VALES QUE DESENHAM MADRUGADAS
OS TEUS DEDOS QUE DESCOBREM NOVAS FONTES..."
e teus olhos com estrelas pendurads
são os risos dos faunos pelos montes...
São no peito as dores amarguradas
que se vestem da luz dos horizontes
e geram luas, imensas, prateadas
que se escondem, pra que tu despontes...
E de quem parte são as alegrias
as horas do prazer, de ir à sorte
aventuras de amor, em descoberta
Trazem no regresso as nostalgias
do vivido a dois sem passaporte
dum país de sonho a porta aberta!..." Maria Mamede

Há tantas vidas meu Sol...

A ÚLTIMA ESTRELA
"A última estrela que me enviaste
morreu
e enterrei-a ao fundo da cortinha
no campo da ribeira grande
ao pé dos choupos...
do buraco pequeno
onde repousa
sai, em noites de negrura
uma luz
intensamente branca
para que eu lhe saiba sempre
o lugar;
esta, foi mais uma das muitas
que me tens enviado.
Algumas vivem
e transformam-se em pássaros
ou em borboletas;
outras, regressam a ti
com recados meus
a servir de cartas;
outras ainda
pegam-se à minha saudade
e morrem de tristeza!
Eu aviso-as, como posso
que não devem ficar
mas elas, que não me querem
ver só
quedam-se nos meus olhos
enchem-se de luz
e vão morrendo
nas gotas redondas
que às vezes os pássaros
vêm beber...
e fico mais triste sem elas...
E porque sabes tudo
o que me acontece
há tantas vidas que nos perdemos
e ainda continuas
a enviar-me estrelas
e a acender em mim
constelações
pela calada da noite!..." Maria Mamede

QUEM DERA
"Quem dera pegar na lua
com as minhas mãos de orvalho
e à fé de quanto valho
abraçá-la e guardá-la
no meu peito, onde não moras
quem dera fosse comigo
a lua em todas as horas;
Quem dera a vida me desse
o breve tempo em demoras
e um amor sem ciúme;
e ser lua, ah se eu pudesse
ou se pudesse, ser lume;
talvez a lua eu tivesse
talvez perdesse o ciúme...
Quem dera fosse de sol
esta rua que me veste
esta asa que em mim voa
do nascente ao arrebol
dentro do vento que zoa...
quem dera fosse de sol
esta asa que em mim voa...
Quem dera fosse lamento
este incenso que perfuma
o sol que quero no canto
quem dera fosse o momento
do amor que espero tanto...
quem dera fosse de vento
quem dera fosse meu manto!..." Maria Mamede

Como gota de mel...

NO ORVALHO DA MANHÃ...
"Chegavas no orvalho da manhã
para adoçar o meu dia;
eras senhor da alegria
na madrugada solitária
senhor da nostalgia
se minha alma gregária
e sem descanso
encontrava paz;
senhor do remanso
dos verdes tenros e vibrants
da primavera chegada
quase tudo e quase nada
dependendo da hora
e comigo vieste
por aí fora
no tempo solidão
no tempo ausência
e sempre evitaste
a dor demência
que tanta vez
me ataca o coração.
Não fora
a tua presença
e quantos instantes
seriam de total agonia!
Em ti, sempre principia
o dom de Salomão
discernimento
o dom que me dá
alegria e sofrimento
mas a beleza de poder
ser estrela
sendo apenas erva chã
e faz
que apesar do anos
e de tantos
tantos desenganos
no amar
continues a chegar
no orvalho da manhã!..." Maria Mamede

Começo...

Oração
"Saudosa de ti
devolvo-te às águas placentárias
da eterna sensação de recomeço
e peço
um glamoroso fim para nós dois...
depois
do céu virá
a esplendorosa estrela da manhã
'inda criança
aliança
a unir o que não há!..." Maria Mamede

Acordar de Criança...

S/TÍTULO - (In "Histórias de Amor")
"Sê o meu perfume matinal!
Aceito acordar na tua cama
que a gente se ama
quando ama
aceita o impensável
doutro tempo;
sê tu o canto matutino
o melro do passal
onde menino
andaste aos ninhos
afinal
que tempo temos nós
amor
que passa
e deixando marca
deixa a graça
de nos fazer crianças
outra vez...
sê em mim gasalho
aconchego
doçura que me cinge
a que me apego
prá vida ter sabor
ter alegria...
sê pão
prá fome que padeço
eu serei a água
que te ofereço
no cálix da luz
de cada dia!
Não digas ao ouvido
que me amas;
o coração tem escutas
pelas veias
não digas amor
das marés cheias
da longa solidão
que desvanece
ao tocares a boca
que anseias
com sofreguidão
e que fenece
sem a tua boca, a tua mão...
não digas ao ouvido
beija apenas
e as horas nos serão
pequenas
para matar saudades
já sentidas
nesta nossa espera
em tantas vidas
neste eterno desejo
sempre em flor...
mas se acaso
não puderes calar
esse amor que sentes
e lateja
não fales, beija
e seremos dois
num só amor!..." Maria Mamede

Silêncio...

S/Título - (In NO CAIS DO TEMPO)
"Há um caminho de jaspe
e de prata de luar
que só se faz caminhando
que se abre ao caminhar...
é um caminho diferente
dos caminhos conhecidos
sabe a abraço de gente
alegra nossos sentidos;
é um caminho proposta
a cada dia um encanto
alegria em mesa posta
cama de urze e de pranto...
é um caminho de sol
com muita sombra à mistura
da aurora ao arrebol
do alvor à noite escura...
fica lá no fim do mundo
onde o tempo não avança
ora é negro e profundo
ora é verde, como a 'sp'rança...
nele me encontro e me perco
doutros caminhos fechados
e de sua luz me cerco
mesmo de olhos vendados...
é um caminho sorriso
onde a alma se abre em flor
no sonho que é preciso
para viver o amor...
é um caminho de jaspe
e de prata de luar
que só se faz caminhando
que se abre ao caminhar!
...
Metade de mim
é o silêncio
o silêncio que invento
e me aguarda
e a falta de ti...
metade de mim
é silêncio
para além das palavras
para além dos sons das palavras
para além das vozes
que oiço lá fora...
metade de mim
é o silêncio das coisas
e das noites no campo...
mas a outra metade
é dor;
dor e vazio
porque estar sem ti
é verdadeiramente
estar ausente de mim!..." Maria Mamede

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Digo NÃO!

Digo NÃO!

Digo SIM!

Digo SIM!

Mama Sutra

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